para algum dia…


Mais Uma História de Amor
02/09/2009, 7:13 PM
Filed under: desabafos

“Nossa, que homem misterioso. Intrigante. Como é lindo.”
Mais de um ano depois ela se pega relembrando o primeiro encontro. Foi rápido. Coisa de 5 minutos. Mas foi o suficiente.
A música dos dois toca. Repetidamente.
Isso a faz lembrar de muitos momentos.
As primeiras palavras… instigantes;
O primeiro abraço… encaixe perfeito;
A primeira noite… conto de fadas;
O primeiro beijo… amor e carinho espontâneo;
A primeira transa… não vai embora nunca mais;
A primeira briga… me perdoa!
Disfarçadamente tenta enxugar o rosto. Queria estar com seus óculos escuros.
A garganta está dando nó, mas sabe que não tem nada a dizer. Ou será que tem?
Lembra da segunda briga, da terceira, de todas.
Mais lágrimas.
É a quarta vez que a banda canta sua parte favorita.
Se vê sentada naquela cadeira de madeira, tremendo, sem ar.
E ele ali, em pé.
É uma avalanche de palavras. Uma verborragia mortal. As frases são como punhais fincados em seu peito.
Foi a última briga.
Ela calada, como na maioria das vezes.
Dói muito saber que é mal quista e mal vista por aquele que ama e considera tanto.
Sofre ao se ver ilustrada como uma prostituta por aquele que a ama.
Preferiria não existir de tanta certeza que teve de que o melhor pra ele é não estar ao seu lado, que ela o destrói.
Mas é diferente.
Pela primeira vez consegue raciocinar sobre tudo que está sendo dito. Um esforço voluntário pra entender que só algumas palavras machucam, que as outras são necessárias. Devem ser liberadas para o alívio dele.
Conflito.
Se sente diferente.
Entende a dor que ouve.
Perder o controle gera insegurança.
Percebe que ultimamente se sente muito mais segura consigo mesma.
Repassa tudo na cabeça.
É isso mesmo? Sim. É!
Incertezas, claro! Mas quer encarar. Está encarando. E tem forças pra isso. Atrás do amadurecimento, do aprimoramento.
Outra vez a música.
Olhos úmidos novamente.
Precisa dar uma volta. Fumar um cigarro.
O Zé parou para conversar enquanto ela tenta aliviar a angústia com aquelas tragadas. Está ali parada. De fones de ouvido. Pensamento longe.
Só observou enquanto ele falava.
Já conhece a história do Bola 7. É um morador do bairro. Habita as ruas do Itaim.
Pensou nos sofrimentos humanos.
Sente medo da loucura.
Vontade de ligar e dizer que o ama. Lhe dar um abraço.
Mas isso não vai adiantar. Acha que não é isso que ele precisa ouvir. Sabe que nada do que ela disser fará sentido pra ele.
Tentou expor seus sentimentos.
A mensagem foi recebida com muitos ruídos.
Sentiu que seu ponto de vista não interessava.
Incapaz. Mais uma vez. E sabe que sempre será.
Percebe que desperta emoções e sensações incontroláveis, incompreensíveis e intoleráveis.
Não é das palavras dela que ele precisa.
Não é dela que ele precisa.
Lembra do último beijo… o melhor do mundo;
Lembra do último abraço… não largaria se soubesse que era o último. Pediu pra que houvesse outro, pra que fosse uma despedida digna desse amor…
Está incompleta.
Chora ainda mais.
Vazio.
Ele a odeia. Ela não vale nada. Fez com que ele se sentisse um lixo. O perdeu. Agora ele se sente a pior pessoa do mundo. Não o merece. Ele chegou no seu pior. Não vale nem o esforço de tentar fazê-la sorrir. Ela o perdeu. Pra sempre.
Dor no peito. Falta de ar.
O homem mais incrível que já conheceu está sofrendo.
Culpa dela. Ele tem certeza de que a culpa é dela.
Melhor se afastar.
O machuca…
Ela sofre.
Silêncio.
Decidi que é melhor deixá-lo ir.
Está preparada pra isso.
O peso das palavras que leu a fizeram entender que é o melhor a fazer.
A história de um amor impossível.
Sente no coração que é pra sempre.
Não está desistindo.
Está amando.
Incondicionalmente.
Se afasta. Enxugando o rosto.
Vai embora.
Até algum dia.



Repetição
21/08/2009, 6:50 PM
Filed under: desabafos

Vazio.

Um pequeno espaço em branco.

É um pedacinho que faz falta.

Responsável por esse aperto no peito e pelos olhos umedecidos.

Ele está lá.

De quando em quando se fazendo perceber.

Incomodando. Tanto.

É por ele que escrevo. Tentativa de preenchê-lo.

Será que foi a hora certa? De assumir os riscos e seguir sozinha?

QUE CHATICE!!!!!!!

Pare de se duvidar!

Baboseiras que não valem essas linhas.

Mas é o único pensamento.

Me desculpe, caro leitor, o devaneio e abuso de tempo.

É só mais um, de tantos, questionamentos.

Tentando descobrir.

Algo está faltando e não sei o que é.

Mais uma vez… essas palavras já foram escritas por outro alguém.

Something’s Missing – John Mayer


I’m not alone, I wish I was
‘Cause then I’d know I was down because
I couldn’t find a friend around
To love me like they do right now
They do right now

I’m dizzy from the shopping mall
I searched for joy but I bought it all
It doesn’t help the hunger pains
And a thirst I’d have to drown first to ever satiate

Something’s missing
And I don’t know how to fix it
Something’s missing
And I don’t know what it is
No I don’t know what it is
At all

When Autumn comes, it doesn’t ask
It just walks in where it left you last
You never know when it starts
Until there’s fog inside the glass around your summer heart*

Something’s missing
And I don’t know how to fix it
Something’s missing
And I don’t know what it is, no I don’t know what it is
At all

I can’t be sure that this state of mind
Is not of my own design
I wish there was an over-the-counter test for loneliness
For loneliness like this

Something’s missing
And I don’t know how to fix it
Something’s missing
And I don’t know what it is
No I don’t know what it is

Something’s different
And I don’t know what it is
No I don’t know what it is

Friends – check
Money – check
Well-slept – check
Opposite sex – check
Guitar – check
Microphone – check
Messages waiting on me when I come home – check

How come everything I think I need
Always comes with batteries?
What do you think it means?
How come everything I think I need…



O Medo É Inimigo do Sucesso
07/08/2009, 12:44 AM
Filed under: desabafos

Sabe aquele dia que você acorda feliz?

Pesadelos, calafrios, sustos. Mas todas as vezes despertei sorrindo.

Risadas, afagos, mordidas, principalmente no sanduíche.

Piadas, mais risadas.

Braços e muitos abraços.

O tempo passou e nem percebi.

Não quis ouvir a negativa, mas mesmo antes da tentativa recebi uma afirmação.

Explosão.

Sabe aquele dia que você acorda completa?

Dúvidas, medos e inseguranças. Muitas mudanças.

Vontade. Coragem e perseverança.

Entregue. Me entrego. Se entregue.

Incrível abrir os olhos e ver que está aqui.

Hoje foi um dia assim.

Acordei feliz e completa.

E quer saber o melhor de tudo?

Vou dormir ainda me sentindo assim.



Aritmética
04/08/2009, 5:17 PM
Filed under: desabafos

Fim de um ciclo.

Recomeço.

Um certo incômodo no início, mas grande satisfação durante.

Mudanças nem sempre controláveis, mas, com certeza, administráveis. De uma forma ou de outra.

Gepetto voltou.

E a conversa começou assim. Meu ciclo menstrual.

Uma experiência irritante que acontece, inevitavelmente, uma vez por mês.

Estresse, mau humor, altíssima sensibilidade.

Um momento de amadurecimento do meu corpo que me deixa desconcertada.

Aprendi muito com ele. Meu ciclo. Com o terapeuta também. Mas não assuntos ginecológicos. Esses são com outro especialista.

O assunto pode parecer estranho e inoportuno, mas foi uma analogia interessante.

Como em fases da minha vida em que aprendi a lidar com as situações.

Um aprendizado nem sempre bem recebido, às vezes doloroso, mas que me deixam ainda mais preparada para o que pode vir.

Me abro cada vez mais para novas idéias, novas visões. Outras opiniões.

Como meu útero, preciso de um momento, de tempos em tempos, para fazer uma limpeza de tudo que acumulei e me libertar daquilo que não me é útil.

Daí o silêncio. Momento de reflexão. Muita ponderação. Saber me desfazer do que não me é importante.

Não agrido mais os inocentes com minhas imperdoáveis palavras dando a desculpa (que tem sua razão) dos hormônios.

Conheci minha TPM.

Foi aí a melhor pontuação do encontro.

Não minha TPM, mas sim o momento que vivo.

Estou tentando conhecer para entender como reagir.

Analisando para compreender.

Analisar

Compreender

Dividir para somar!!!



Novidades
03/08/2009, 11:30 PM
Filed under: desabafos

Se dê a oportunidade de conhecer coisas novas.

Experimente.

De vez e quando nos deparamos com ótimas surpresas.



Incrível
01/08/2009, 1:20 PM
Filed under: desabafos

Fones de ouvido no máximo.

Caminhando sob o guarda chuva enquanto as gotas molham meus pés e as lágrimas refrescam meu rosto.

Que sensação maravilhosa.

Reencontros, reconciliações, recomeços.

Tempo de mudanças e avanços.

Antigas amizades e amor eterno.

Como é bom ter uma nova chance. Uma chance de mostrar que tudo pode ser diferente.

Com elas, muitas lembranças e promessas de não deixar tudo isso passar em vão.

Com ele, vontade imensa de fazê-lo o homem mais feliz do mundo. Ontem, hoje e sempre.

Música incrível pra reprensentar um dia foda.

Dormi feliz, muito feliz.



De novo, a Menina Ostra
30/07/2009, 4:39 PM
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Me abri.

Saí da casca.

“Você parece mais  feliz hoje.”

“Que cara boa!”

Que venha então o desconhecido.

Amo aquele que tenta me guiar por esses mares revoltos. Principalmente porque não é tão desconhecido assim.

Vem.

Chega perto.

Pode olhar dentro.

Eu deixo.

Ei! Vai com calma.

Não tira tudo do lugar de uma só vez.

Calma!

Um pouquinho de cada vez.

Ei! Aí machuca.

Ai. Assim dói.

Ainda não tô preparada. Como é difícil.

PLAFT!!!

Me fecho.

Medo. Muito medo de doer por não saber.

Não saber? Ou talvez saber demais.

Confusão.

Retração.

Exclusão.

Solidão.

De novo, a Menina Ostra.



Conversa Alheia
30/07/2009, 12:53 AM
Filed under: desabafos

Pra que saber o que não é pra saber?

Mania de meter o bedelho onde não sou chamada.

Por que procurar onde não se deve procurar?

Achar o que é escondido e descobrir o que não é pra mim, machuca demais.

Nada é por acaso…

Queria saber porquê. Continuo procurando o porquê.

Pra que?

Os curiosos, como eu, deveriam manter distância de coisas como o orkut.

Esquece… só mais uma.



Conversando com o almoço
29/07/2009, 5:26 PM
Filed under: desabafos

Buffet completo.

Papilas gustativas ansiosas.

Antony nos ouvidos e talheres nas mãos.

Não tenho fome, mas quero comer. Explorar esses sabores.

Carambola. OBA. Suco de carambola.

Não repeti a comida, passei logo ao creme de abacate adoçado com mel. Hmmmmmmm

E mais suco de carambola.

Sensacional.

Até estar sozinha é reconfortante nesse momento.

Completamente satisfeita.

Até o último gole.

Juro que não procurei. Ele que me encontrou.

Justo no último gole.

Estava indo tudo tão bem… o cheirinho da chuva, o piano do Antony e o gostinho caseiro… mas ele tinha que aparecer pra me deixar com essa indigesta lembrança?

No último suspiro do meu, até então, delicioso suco de carambola… um mosquito. Afogado coitado… mas, poxa, no meu suco???

E C A T I



Um Outro Ponto de Vista
29/07/2009, 11:15 AM
Filed under: desabafos

Aprendi a ler bem cedo.

Afobada desde pequena. Sempre quis saber logo o final.

Leio de tudo, mas nem sempre leio tudo.

Não pulo as palavras, mas perco as entrelinhas.

Poucas vezes dou o tempo necessário para a interpretação completa.

Acho que é por isso que gosto do Dan Brown. Ou é, ou não é. Leituras que prendem e que em um dia, ou dois, já chegam ao fim.

Mas eu sei que de tudo se pode tirar mais. E eu quero, de verdade, saber o que é esse mais. É por isso que estou me dando e aproveitando a chance de reler algumas histórias. Compreendê-las de uma outra maneira, sob um segundo olhar.

Reler, reconhecer e reviver grandes histórias. Principalmente as do meu próprio livro.

Sublinharei as partes mais importantes e que me tocam mais para poder voltar sempre que precisar lembrar. Saber onde estou e pra onde ir.

Prestar mais atenção. Com os olhos, ouvidos e todos os sentidos despertos dessa vez.

Me entrego por inteira a essa releitura.